terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Carpaccio do Chef Paulinho

A história do Carpaccio

O Carpaccio foi criado em Veneza, no restaurante Harry's Bar - de Giuseppe Cipriani. Em pleno ano de 1950, a condessa Amália Nani Moncenigo pediu ao amigo Giuseppe que lhe preparasse algo com carne crua (rica em ferro) – prescrição de seu médico para curá-la de uma anemia. Guiseppe preparou a receita que tornaria famoso seu restaurante: finas lâminas de carne crua, acompanhadas de molho à base de mostarda, alcaparras e queijo ralado. O nome do prato foi uma homenagem ao pintor renascentista Vittore Carpaccio (1460-1525), conhecido por usar em todos os seus quadros luminosos tons vermelhos.

gcipriani-front

O Carppacio do Chef Paulinho

Esta é a receita de carpaccio que o meu amigo Chef Paulinho Pecora enviou.  Paulo Pecora foi eleito o Chef mais gente boa do twitter. Talentosíssimo, um verdadeiro Mago das Panelas. Obrigada Chef! É uma honra ter uma receita sua aqui no blog.

CARPACCIO DO CHEF PAULINHO

Equipamentos

Balança, liquidificador, fogão.

Utensílios

Bowl, colher, faca, frigideira.

Rendimento

1 porção

Ingredientes:

Quantidade:

Lombo de Vitela Precoce ou Largato Bovino

800 g (em uma só peça) 

Alcaparras

100 g

Queijo parmesão ralado

50 g

Queijo Pecorino ralado

50 g

Ricota defumada ralado

30 g

Azeite extra virgem

200 ml

Suco de limão

2 unidades

Folhas de manjericão fresco

20 unidades

Molho inglês

40 ml

Mostarda Jimy com ervas

40 g

Modo de Preparo:
1. Limpe a peça de largato ou lombo de vitela, embrulhe em filme PVC e congele (dica do Chef: A carne semi congelada é mais fácil de limpar).
2. Molho do Chef: Bata no Liquidificador: O azeite extra virgem, suco de limão, o manjericão, 50 g de alcaparras, o molho inglês e mostarda por 10 minutos, velocidade média, de preferência usando o "pulsar" e em várias etapas. Se utilizar as alcaparras sem lavar em água corrente não será necessário adicionar sal.
3. Fatie a carne ainda congelada bem fininha (quase transparente).
4. Montagem do Prato: Use um prato redondo, raso e largo. Arrume as finas fatias da carne seguindo o desenho do prato sobrepostas. Besunte com o molho do Chef, adicione as  alcaparras restantes e finalize com o mix de queijos.
Carpaccio 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

BISCOITO GLOBO

Férias, sol, praia impossível não lembrar do Biscoito Globo. 

Biscoito globo

O Biscoito Globo é um símbolo da praia carioca. Queria contar pra vocês um pouco da história dos famosos biscoitos…logo me lembrei do que li no blog que o jornalista Octavio Guedes tinha no Extra Online. Por lá, Octavio com seu humor inteligente, trazia assuntos inusitados, como esse sobre o Biscoito Globo. Guedinho contou com exclusividade detalhes da produção do biscoito. Aproveitou pra debochar dos jornalistas investigativos. Ah! Muito bom!

octavio

Por isso, peço licença pra dar um Ctrl+C, Ctrl+V…

MISTÉRIO DOS BISCOITOS GLOBO

O repórter de crime Jorge Antonio Barros http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/reporterdecrime/  e  meus colegas Chico Otávio, Elenilce, Angelina, Gusmão, Ahmed, Aquino, Lau, Moreira, Falcão, Werneck, Gustavo, Denise e Fagundes nunca me convidaram para integrar a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Nunca. Danem-se eles. Estou criando, por puro despeito, a Abobaji - Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo Mas Só de Reportagens que Realmente Interessam Ao Leitor.

UMA SÉRIE ESPECIAL!

A primeira reportagem desta série especial (repórter investigativo não faz reportagem; faz série!) MISTÉRIOS QUE INTRIGAM O RIO é sobre os buraquinhos dos biscoitos Globo. Um segredo que dura 54 anos. Veja no flagrante acima  (repórter investigativo não faz foto, faz flagrante!): os buraquinhos do biscoito Globo são como umbigos - um é sempre diferente do outro. Como?  Por que? Eles têm milhares de fôrmas? É para nos confundir? É para caber em todos os tipos de dedos? É para desviar a atenção de assuntos supostamente mais importantes, como o aquecimento global?

EXCLUSIVO!

Tivemos acesso (repórter investigativo não entra; tem acesso)  à fábrica dos Biscoitos Globo, na Rua do Senado,  numa tarde chuvosa (engraçado: jornalista investigativo nunca descobre as coisas em manhãs ensolaradas) de quarta-feira. O inventor dos Biscoitos Globo, Milton Ponce, em princípio, negou tudo (mentira! o cara é super gente boa, abriu as portas da fábrica para nós. Mas repórter investigativo sempre dá uma valorizada e desconfia de tudo...)

SÓ NÓS TEMOS!

Ponce inventou  a vitoriosa receita  (ao qual este blog teve acesso com exclusividade- polvilho azedo, leite. ovos, açúcar, sal e gordura.......) há 54 anos,  nos fundos de uma padaria em São Paulo. Batizou o produto de Biscoitos Record (tudo em São Paulo tem que ser mais cafona!). Mudou-se em 1955 para o Rio, e foi trabalhar como confeiteiro na padaria Globo, em Botafogo (na Rua São Clemente, onde hoje é uma agência bancária). Pronto: mudou o nome do biscoito, mas manteve o enigma dos buraquinhos....

VAI DAR MAIOR REPERCUSSÃO!

De 1954 até o fim da década de 60, as rosquinhas eram feitas a mão, desenhadas em círculo manualmente com sacos de confeiteiro (aquelas bisnagas que aparecem no programa da Ana Maria Braga quando alguém enfeita bolo). O  que era obscuro, tornou-se mais impenetrável em plena ditadura (gostou Jorginho?), quando os sócios dos biscoitos Globo, em 1969,  compraram a máquina número de ordem 009/32-1765/00 (repórter investigativo acha que alguém  lê  uma porrada de algarismos com barras e traços....).

VAMOS REPERCUTIR COM O MOLON!

A máquina chama-se PINGADEIRA e foi desenvolvida em Araxá, Minas Gerais. Acompanhe a sequência feita por  Eurico Dantas, o Artilheiro do Click:

A massa é colocada no reservatório da pingadeira e  pressionada por uma chapa. A pressão é de 500 libras (o pneu do seu carro roda com 38 libras). Uma vez pressionada, a massa começa a escorrer pelos furinhos da pingadeira e cai em uma  bandeja. Mas  toda rosquinha que se preza é redondinha....foi preciso desenvolver um sistema em que a bandeja fica rodando lá em baixo, num movimento de 180 graus. Confiram:  a pingadeira tá parada, mas a bandeja tá rodando.

NUNCA NINGUÉM DEU ISSO!

Enquanto a bandeja samba e desenha os círculos, o funcionário X. (se não tiver nenhum X. a reportagem não é investigativa Se tiver Y, então, cria um selo e inscreve pra prêmio....) controla a quantidade de massa que cai, determinando a grossura  de cada biscoito.

QUADRO COM NUMERALHA

Em cada bandeja cabem 41  rosquinhas.  Elas vão direto para um dos cinco fornos da fábrica,  onde são assadas por 15 minutos. "As pessoas preferem as rosquinhas mais claras. 70% de nossa produção  são roscas claras e salgadas", observa Ponce. Depois, os biscoitos são embaladas manualmente e estão prontos para o consumo. Por dia são produzidas 120 mil rosquinhas, ou 600 Kg. "Tchau!", disse em off Mauro Ponce, encerrando a entrevista (se não tiver off, não é reportagem investigativa).

AGORA É COM VOCÊ

Chegou a sua vez. Ajude  a ABOBAJI a desvendar os mistérios que intrigram o Rio, sugerindo temas ou votando nas opções:

1 - Herbert Richard, o da versão brasileira dos filmes, existe? É uma pessoa? Ele fala primeiro em inglês e depois traduz ou conversa normalmente?

2 - Quem é o herdeiro de Amaral Neto. É Amaral Bisneto? Ele é repórter?

3 - Por que o Mate Leão vendido na praia tem um gosto, o de saquinho feito em casa tem outro e o do copinho do supermercado é diferente dos outros dois?

Deixe aqui sua sugestão:

Minha sugestão: Octavio retome esse blog! Bjs temperados

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Bolo Rei? Bolo de Reis? Bolo da Sorte?

Este bolo é a doce representação dos presentes oferecidos pelos Reis Magos ao Menino Jesus. A  parte exterior simboliza o ouro, as frutas secas e as cristalizadas representam a mirra, o incenso está representado no aroma do bolo.

Bolo de Reis

Recheado com Fava

A explicação para a existência da fava no interior no bolo rei está ligada a uma lenda, segunda a qual quando os Reis Magos viram a estrela de Belém que anunciava o nascimento de Cristo, disputaram entre si o direito de entregar ao menino os presentes que levavam. Como estes não conseguiam chegar a um acordo, um padeiro, propôs fazer um bolo com uma fava no interior da massa, em seguida, cada um dos três magos do  Oriente pegaria numa fatia, o rei que tivesse a sorte de retirar a fatia que possuísse a fava, ganharia o direito de entregar os presentes a Jesus. Não se sabe qual foi contemplado com a fatia premiada, pode ter sido qualquer um dos três, Baltazar, Belchior ou Gaspar.

reis_magos

História do Bolo Rei

Os romanos costumavam votar com favas, prática introduzida nos banquetes das Saturnais, durante as quais se procedia à eleição do Rei da Festa, também chamado Rei da fava. A influência da Igreja na Idade Média determinou a criação do Dia de Reis, simbolizado por uma fava introduzida num bolo, cuja receita se desconhece. A receita do Bolo Rei  que proporcionava prosperidade a quem comesse a fatia que possuísse a fava correu o mundo. Para que a profecia se concretize é preciso que a pessoa que  receba a fatia com a fava, ofereça o Bolo Rei no ano seguinte.

Os portugueses trouxeram o Bolo Rei para o Brasil

Em Portugal, a primeira casa onde se vendeu o Bolo Rei foi a Confeitaria Nacional, em Lisboa, certamente depois de 1869. Outras confeitarias do local passaram a vender a delícia. Logo diversas maneiras diferentes de preparar receita surgiram, sempre respeitando a tradição do recheio de fava. Os imigrantes portugueses trouxeram para o Brasil a receita do bolo. Por aqui, ainda hoje o Bolo de Rei é degustado no dia 6 de janeiro, quando os cristãos celebram a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos. A receita brasileira substitui a fava por um brinde. Essa tradição mantém viva a simbologia do natal de fé, prosperidade e esperança!

Fonte: Livro - “Festas e Comeres do Povo Português I” de Afonso Praça

BOLO REI

Utensílios

Bowl, faca, forma, fuet, panela, peneira, zester.

Equipamentos

Balança, batedeira, fogão, forno.

Insumos:

Ingredientes

Quantidade

Farinha de trigo peneirada

750 g

Fermento biológico

20 g

Manteiga sem sal

200 g

Açúcar refinado

220 g

Frutas cristalizadas

150 g

Frutas secas

150 g

Ovos

4 unidades

Raspas de casca de limão

1 unidade

Raspas de casca de laranja

1 unidade

Vinho do Porto

40 ml

Sal refinado

5 g

Fava de baunilha ou brinde

1 unidade

Água

50 ml p/ pincelar

Açúcar

50 g p/ pincelar

Manteiga e farinha

p/ untar e enfarinhar

Fondant:

Manteiga sem sal

20 g

Leite integral

120 ml

Açúcar de confeiteiro

400 g

Modo de Preparo:

1. Pique as frutas secas e cristalizadas, deixe macerar no vinho do Porto, reserve algumas inteiras para decoração.

2. Prepare a esponja: Dissolva o fermento em 20 ml de água, 20 gramas de açúcar e 50 gramas de farinha, deixe descansar por 20 minutos.

3. Na batedeira coloque a manteiga, o açúcar, as raspas de limão e laranja e os ovos. Bata até obter um creme homogêneo.

4. Retire o creme da batedeira e junte a esponja, a farinha e o sal. Sove a massa até ober uma textura elástica.
5. Deixe a massa descansar por 20 minutos.
6. Unte uma forma e enfarinhe.
7. Abra a massa e acrescente as frutas secas e cristalizadas.
8. Coloque a massa na forma e faça um furo para colocar a fava ou o brinde(embrulhado em papel vegetal). Deixe a massa dobrar de volume.
9. Pincele o bolo com a água açucarada. Leve ao forno a 220ºC para assar por 30 minutos.
10. Fondant: Peneire o açúcar de confeiteiro e junte a manteiga e o leite. Leve ao fogo em banho-maria e cozinhe, sem parar de mexer, por 10 minutos. 
11. Desenforme o bolo e despeje o fondant, decore com as frutas secas e cristalizadas.

bolo de reis cortado                                                                    Chef Cris Leite